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A arquitetura conta a história de Porto Alegre - parte IV

  • Foto do escritor: Leci Rech
    Leci Rech
  • 17 de jul. de 2022
  • 4 min de leitura
Porto Alegre tem sua rua mais bonita do mundo

A rua Gonçalo de Carvalho ganhou fama e se tornou ponto turístico de Porto Alegre. São mais de 100 árvores que estão ali, desde a década de 1930, quando foram plantadas.

Dizem que foram os moradores, uma outra versão dá o crédito aos alemães que trabalhavam próximo em uma cervejaria. O fato é que a rua se tornou a menina dos olhos de muita gente que luta por sua preservação.


A construção de um shopping ameaçou algumas árvores que seriam retiradas, mas uma forte mobilização popular impediu o ato de destruição. São árvores da espécie tipuanas, originárias da América do Sul. Elas são altas e atingem até 15m. Seus galhos se entrelaçam e formam um túnel verde.


Foto: A. Linus Rech

A rua não tem asfalto, o que ajuda a água da chuva a penetrar e se armazenar no solo, permitindo assim a irrigação das árvores.



A denominação “rua mais bonita do mundo” não é exclusiva para a Porto Alegre. Uma rápida pesquisa mostra a existência de muitas ruas com este título em diferentes países.


Cada cidade tem a sua rua, mas é fato que a beleza e a fama da Rua Gonçalo de Carvalho de Porto Alegre já vão além mar.


Foi tombada pelo Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental do município desde 2006.


A rua está localizada entre os bairros Independência e Floresta. Não deixe de colocar no seu roteiro de viagens.



Catedral Metropolitana

Subindo para a Praça da Matriz você vai encontrar outras preciosidades da arquitetura do Rio Grande do Sul. No alto da Rua Duque de Caxias, 1047 está a Catedral Metropolitana, de 1921, com capacidade para 1.100 pessoas sentadas. O projeto é do arquiteto italiano João Battista Giovenale. Ele empregou formas clássicas da arquitetura romana.



A Catedral em estilo renascentista tem em sua fachada principal de 30m, mosaicos executados pela Academia de Mosaicos do Vaticano. As cenas, criação de Michelangelo Bedini, têm a Mãe de Deus no painel central, a direita, São Francisco de Assis acompanhado de três mártires e a esquerda, São Pedro, São Pio X e Santa Tereza de Ávila, cidade da Espanha.


Foto: A. Linus Rech

As torres chegam a 50 metros de altura. No seu interior estão seis sinos. E a cúpula que atinge 65 metros é vista de longe em vários pontos da cidade. Tem diâmetro maior do que a Igreja do Vaticano: 18 metros. Inaugurada em 1972, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Madre de Deus foi totalmente concluída somente quatorze anos depois, em 1986.

É tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br

O afresco da fachada representa a Anunciação do anjo à Maria.


Monumento a Júlio de Castilhos

Saindo da catedral e contornando a Praça Marechal Deodoro, descendo em direção ao teatro São Pedro, está o monumento em homenagem a Júlio de Castilhos, jornalista e político gaúcho. De longe se vê, no topo do obelisco a figura triunfante da República, colocada sob uma esfera. O monumento em bronze é do escultor carioca Décio Villares.



Cercam o estadista gaúcho, sentado em uma cadeira, esculturas representando a Coragem, a Prudência, Educação e o Civismo, este último abraçando a bandeira esvoaçante. A direita um jovem aparece inclinado, oferecendo o jornal A Federação. O conjunto tem 22,5 metros de altura.


Teatro São Pedro

Junto ao monumento, em frente a Pça. da Matriz, outra joia arquitetônica conta a história das artes em Porto Alegre. É o Theatro São Pedro que começou a ser construído em 1833. Atrasos e interrupções paralisaram as obras como a Revolução Farroupilha em 1835. A inauguração só ocorreu em 1858, um prédio grandioso para a época numa cidade com apenas 20 mil habitantes.


O projeto é do arquiteto alemão Georg Karl Phillipp Theodor von Normann. Em estilo neoclássico, o teatro tem um pórtico avançado que identifica a sua entrada principal, emoldurada pelos arcos e com um terraço acima. No andar superior, a vigas das janelas são retas com pequenos frontões triangulares. Foto: A. Linus Rech.


Lamentavelmente, sem conservação o prédio foi degradado e teve suas portas fechadas em 1889. A recuperação do teatro, em 1975, se deve ao trabalho de coordenação das obras, feito por Eva Sopher, empreendedora cultural de origem alemã. Quando foi criada a Fundação, ela foi nomeada presidente.

O teatro foi entregue a população novamente em 1984. Com a morte de Eva, assumiu a presidência o escritor e jornalista Antonio Hohlfeldt. O teatro foi tombado pelo IPHAN (nacional) e pelo Estado através do IPHAE.


Cais do Porto

Impossível passar despercebido ao turista, que trafega pela Av. Mauá em direção a Usina do Gasômetro, os belos cenários deixados nos muros pelos artistas plásticos. As pinturas deram vida aos 450 metros do muro da Mauá, construído para prevenir as enchentes e que separa a cidade do Guaíba.


E se você entrar no segundo portão do Cais Mauá, pelo estacionamento, número 1050, terá novas surpresas: restaurantes, drinkerias, cafés e lancherias. Na verdade, um espaço de lazer e gastronomia no centro histórico de Porto Alegre. Lembra Puerto Madero de Buenos Aires. A proposta do Cais Embarcadero é revitalizar o espaço e recuperar os armazéns (docas) do cais.


O cais foi inaugurado em 1921 com 3.240 metros de extensão. Em 2005, as atividades portuárias foram encerradas. Hoje, é tombado pelo Patrimônio Histórico nacional e municipal. Fomos a noite, conhecer o espaço revitalizado. Não fizemos reserva no restaurante, mas é bom conferir, pode ser necessário.





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