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A arquitetura modernista de Gaudí - Parte 1

  • Foto do escritor: Leci Rech
    Leci Rech
  • 28 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

Visitar Barcelona é entrar no mundo das artes, especialmente o da arquitetura que teve Antonio Gaudí a frente de um movimento que surgia na Europa para romper os padrões estéticos vigentes.

E nessa busca de renovação, Gaudí, o jovem arquiteto, impulsionava o Modernismo, instalado na Catalunha /Espanha.




O Modernismo se confundia com a Art Nouveau, um movimento que surgiu na França e se difundiu pela Europa entre 1890 e 1910.


As características eram as mesmas: linhas assimétricas, curvas e formas, inspiradas na natureza. Em Barcelona, Gaudí se destacava pelos designs exclusivos, inspirados em esqueletos, árvores, folhas, vida marinha e formas geométricas, revelando assim um estilo único.


Foi considerado o maior representante do modernismo catalão. Sua obra mais famosa é a Basílica da Sagrada Família.




É a Sagrada Família que atrai multidões de turistas de todo o mundo para Barcelona. Entrar para conhecer o interior é uma façanha difícil, só adquirindo ingressos com muita antecedência, tal é a procura por esse monumento, projetado pelo gênio criativo do arquiteto espanhol. Para a construção da igreja, Gaudí combinou o gótico com as curvas da Art Nouveau. Além disso, se inspirou em troncos de árvores para criar suas colunas. Sem ângulos retos e com poucas linhas retas, Gaudí projetou o monumento para ter 18 torres que representam os 12 apóstolos, os quatro evangelistas, a Virgem Maria e Jesus Cristo. As  torres tem 170 metros de altura.



A Basilica i Temple Expiatori de la Sagrada Familia ainda está em construção. Sua conclusão é prevista para 2026, quando será lembrado o centenário da morte de Antonio Gaudí.


Quase um século se passou desde a sua morte, enquanto cinco gerações de arquitetos trabalharam no projeto original da igreja. A construção iniciada em 1882, teve parte destruída por um incêndio em 1936, na Guerra Civil Espanhola. Em 1960, a igreja foi restaurada. Em 2005, declarada Patrimônio Mundial da Unesco e cinco anos depois, o Papa Bento XVI elevou o templo a categoria de Basílica Menor.



Gaudí projetou a Basílica para ter três fachadas: da Natividade, da Paixão e da Glória. Entretanto o arquiteto morreu antes de ver sua obra concluída.


A fachada da Paixão é considerada a mais icônica, ou seja, a que representa com exatidão os acontecimentos.


A fachada da Paixão é caracterizada pelo trabalho, iniciado na década de 50, pelo escultor e pintor catalão Josep Maria Subirachs. As esculturas da fachada, inspiradas na Bíblia, retratam a paixão, a morte de Cristo, sua ressurreição e ascensão ao céu.






Na fachada da Paixão, as cenas esculpidas estão em três níveis: a última noite de Cristo antes da crucificação, o calvário e a morte.


No nível mais alto a ressurreição e sua ascensão ao céu, representada pela escultura dourada de Jesus.



A fachada da Paixão está apoiada em seis colunas inclinadas de troncos de árvores. Essas colunas sustentam 18 pilares que se assemelham a ossos. Gaudí queria que esse frontão impressionasse e escreveu que era uma fachada dura, nua, como feita de ossos.


A Cruz Gloriosa foi colocada no topo somente em julho de 2018. A cruz é formada por oito blocos de granito, vindos da França, ligados entre si por barras de aço. Pesa 18 toneladas, tem 7,5m de altura e 4,25 de largura. Aos pés da cruz foram dispostos três anjos em adoração, esculpidos em mármore travertino por Lau Feliu (Estanislau Feliu) escultor espanhol nascido em Barcelona - dados do Vatican News. www.vaticannews.va>igreja>news>sagrada-familia-barcelona-cruz-gloriosa


Chamam atenção os ornamentos da Sagrada Família com frutas coloridas que coroam os pináculos do monumento. São trabalhos do escultor japonês Etsuro Sotoo que visitou Barcelona, em 1978, e ficou impressionado com o templo, logo manifestando o desejo de trabalhar nele. As espigas de trigo e os cachos de uvas simbolizam a Eucaristia.


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