Enseada de Brito: um cantinho integrado com a natureza
- Leci Rech
- 9 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Quem passa na BR 101 sentido sul do Brasil, saindo de Florianópolis a cerca de 35 quilômetros, a esquerda, não imagina que exista um pequeno paraíso escondido lá embaixo em perfeita interação ecológica. Na estrada as placas indicam: Enseada de Brito.

A Enseada de Brito é o bairro mais antigo do município de Palhoça, uma cidade que nasceu aqui, a partir da chegada de um bandeirante vindo de São Vicente, baixada santista, São Paulo em 1675.

Domingos de Brito Peixoto ficou na região por algum tempo antes de seguir para Laguna, quando criou um núcleo com algumas famílias. As Bandeiras de Povoação vieram para cá porque havia uma preocupação dos portugueses em ocupar o sul, diante da disputa com os espanhóis.

A vila de pescador foi um entreposto comercial marítimo que tinha ligação apenas pelo mar. Ainda hoje, a pesca de ostras, mariscos e berbigões – um molusco marinho - é muito importante em Enseada. Pode-se comprar esses frutos do mar por preços bem acessíveis.
O desenvolvimento foi impulsionado em 1750, quando começaram a chegar casais, vindos de Portugal da Ilha dos Açores. Nessa época, começaram a surgir engenhos de açúcar e alambiques.
Com a vinda dos açorianos foi construída a igreja Nossa Senhora do Rosário, hoje tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Fica na Rua Nossa Senhora do Rosário, 107, junto da praça de frente para o mar.

A praça açoriana Inácio Paulo Dalri, de 1710, em frente a Igreja, mantém ainda o traçado e as medidas originais utilizados pelos portugueses. Em 1980, a praça foi tombada pelo IPHAN/ SC.

A Enseada de Brito, localizada entre o mar e a Serra do Tabuleiro, ainda não caiu nas graças do turista, até porque a infraestrutura é precária para atender um número grande de veranistas.
O mar é calmo e a praia muito tranquila.

Os casarões em arquitetura luso-brasileira estão muito bem preservados. A Casa de Cultura Açoriana, localizada ao lado da igreja, criada em 2009 pelo prefeito de Palhoça, guarda a memória da cultura açoriana de Enseada para difundir suas raízes e contar as tantas histórias aos visitantes.
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