Espanha: a riqueza arquitetônica de Ávila

Conhecer Ávila era um sonho antigo. A realização veio quando decidimos por um tour que fazia Ávila e Segóvia, saindo de Madri.

Esse foi o motivo da minha frustração, porque o guia foi primeiro a Ávila e tinha uma pressa inexplicável. Assim que a visita à cidade medieval amuralhada foi muito superficial. Tem muito para ver dentro da muralha, mas pouco se viu por conta do horário. Era um frio de doer, porque a cidade está situada na região das montanhas, é a província mais elevada da Espanha (1.131m de altitude) e está a 115 quilômetros de Madri.

Ávila é lembrada por suas muralhas. É o cartão postal da cidade. Raimundo de Borgonha começou sua construção em finais do século XI por ordem do rei Alfonso VI do Reino de Castela.

A muralha tem 2.516m de perímetro, nove portas, 2500 ameias (aberturas no parapeito) e 87 torres semicirculares. É uma construção militar românica. Hoje, a cidade medieval é Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Em Ávila nasceu Santa Teresa de Jesus em 1515. A santa católica era uma freira carmelita que passou a vida nessa cidade. Após sua morte, no século XVII, a casa da santa foi vendida a Ordem das Carmelitas, fundada por ela e ali, por iniciativa do arquiteto Fray Alonso de San José, um Carmelita Descalço, foi construído o Convento de Santa Teresa. Inaugurado em 1636, o prédio tem fachada em estilo barroco, onde se vê também a escultura da santa sobre as três entradas.

Não deixe de experimentar em Ávila as Yemas de Santa Teresa – um doce vendido nas pastelarias. A Yema é feita com água, limão, ovos e farinha. São bolinhas moles que lembram ovos moles de Portugal. As yemas são famosas por lá.

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