Itália: Berço das artes e da cultura ocidental – Milão e Cinque Terre
- Leci Rech
- 25 de out. de 2020
- 3 min de leitura
Milão – capital da moda e design
Em Milão, ficamos hospedados no Hotel Michelangelo próximo da Milano Centrale - Estação Central de Trens, de 1931, principal estação ferroviária da cidade. Vale a visita pela arquitetura. Ali também passam as linhas verde e amarela do metrô. Foi uma boa escolha, porque o hotel é simplesmente incrível. Atendimento impecável, café da manhã com várias salas e quartos bem equipados para suprir as necessidades.

A passagem por Milão foi muito rápida e ficou muito pra ver em outra oportunidade. Por isso decidimos ver a catedral em primeiro lugar. Também chamada de Duomo di Milano, é uma catedral católica e única igreja que não pertence ao Vaticano. Sua construção iniciou em 1386 e levou 400 anos.

Considerada uma das mais lindas do mundo, é toda em mármore branco-rosa da jazida de Candoglia, situada na entrada do Vale d’Ossola, norte do Lago Maggiore, a 150 km de Milão. O mármore chegava por canais - Canais de Navigli - projetados por Leonardo da Vinci, bastante navegáveis na época.
Esse mármore, ainda hoje, é usado para a manutenção da catedral, pela oficina de restauro sob a supervisão da Veneranda Fabbrica del Duomo.

São 8.200 blocos de mármore só na fachada e 2.300 estátuas na parte externa de um total de 3400. O Duomo tem 135 pináculos - agulhas como são conhecidas e cada uma delas tem uma estátua na ponta. O interior também é em mármore e os vitrais impressionam pelo número. A arquitetura é gótica e neoclássica.
Na saída do metrô a visão é deslumbrante. Dependendo da incidência solar as cores da catedral vão se modificando.
Galleria Vittorio Emanuele II

Estando na catedral, não deixe de conhecer a galeria. É o shopping mais antigo da Itália com o charme do século XIX. Giuseppe Mengoni foi o arquiteto responsável pelo projeto da construção em 1865 em estilo neorrenascentista. Também chamada de Salão de Milão (Il Salotto di Milano), recebeu o nome de Vittorio Emanuele ll em homenagem ao primeiro rei da Itália.

A cúpula é de ferro e vidro, as quatro lunetas criadas pela curvatura da grande cúpula representam os continentes: Europa, África, América e Ásia.

A beleza do piso em octógono chama atenção do turista que circula entre lojas de grifes, cafés e restaurantes. Nos anos 60, passou por reformas por conta da destruição causada pela Segunda Guerra Mundial.
Para umas compras:
Kiko - loja de cosméticos.
Via Montenapoleone – paraíso fashion, das grifes e do luxo
Visite também:
Castello Sforzesco
Parque Sempione e o Arco della Pace
Teatro ala Scala
Cinque Terre

Este é um dos lugares mais encantadores da Itália. Cinque Terre é um conjunto de cinco vilarejos interligados na costa da Riviera Italiana.

Para chegar neste paraíso, saímos de Milão de trem, 220 quilômetros, até a estação central de La Spezia, uma cidade portuária muito próxima das Cinco Terras, não chega a sete quilômetros e o trem leva menos de 10 minutos para chegar em Riomaggiore, a primeira terra, isso para quem chega por este caminho.
Outra opção seria vir pelo outro lado, por Gênova em trem direto desde Milão.
Para entender melhor a ordem é essa para quem vem por La Spezia: Riomaggiore, Manarola, Corniglia, Vernazza e Monterosso.

Não conseguimos conhecer todas as terras, somente duas, porque estavam em reconstrução depois das enchentes que causaram deslizamentos de terra, estradas foram fechadas e os trens foram paralisados. Mesmo assim valeu a pena. De Riomaggiore seguimos para Manarola pela Via dell' Amore, uma trilha que liga as duas vilas, seguindo pela encosta por um quilômetro, com direito a uma vista linda para o mar.

Manarola é apaixonante. As casas coloridas nos penhascos, barcos de pesca e trattorias que servem frutos do mar são suficientes para se encantar com o charme desta terra. É uma vila, é claro, tem poucos hotéis, cerca de 25. No nosso caso foi um bate volta de trem a partir de La Spezia.
As Terras pertencem ao Parque Nacional de Cinque Terre. Desde 1997, foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Ficou a tristeza de não conhecer todas as Terras e os planos de voltar um dia a costa da Riviera Ligure.

Próximo Post: Firenze e Pisa
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