Itália: um paraíso chamado Costa Amalfitana
- Leci Rech
- 12 de jan.
- 4 min de leitura
Atualizado: 26 de jan.
A Costa Amalfitana é um dos locais mais lindos da Itália. Uma região às margens do Mar Tirreno com extensão de 50 km aproximadamente. Formações rochosas se misturam às casinhas coloridas, ao mar e a praia, compondo um cenário inigualável.

Tudo é lindo nesse pedacinho da Itália, mas na verdade, os castelos me encantam e dão um toque especial, valorizando a paisagem.


A Costa Amalfitana é conhecida desde o Império Romano, que iniciou no ano 339, entretanto evidências arqueológicas mostram que tribos indígenas foram os primeiros colonizadores. Eles se dedicavam a agricultura e a pesca.
Esta área, ao sul da Itália, é constituída por pequenas cidades. São 13, entre elas as mais conhecidas são Amalfi e Positano, mas todas têm seu charme.

Os vilarejos ficam em penhascos bastante íngremes, onde as casinhas coloridas dão beleza a Costa Amalfitana. Em 1997, foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.
Maiori

No nosso roteiro, saímos de Capri em ferry até Amalfi. Trocamos de barco e seguimos para Maiori. Táxi nem pensar. Tentamos e desistimos, porque o taxista pediu 100 euros para fazer um percurso de cinco quilômetros aproximadamente. Parecia brincadeira. A avenida beira mar de Maiori tem um calçadão, aliás onde tudo é plano. Encontramos lá hotéis e bons restaurantes. Estávamos em maio, quando as temperaturas são amenas.

Construída com o nome de Reghinna Major, a cidade de Maiori foi o principal porto da República Amalfitana durante a Idade Média. Em 1954, uma enchente com deslizamento de terra destruiu a cidade velha que precisou ser reconstruída. O desmoronamento configurou a nova orla de hoje, totalmente plana.

Com um quilômetro de areia, Maiori tem a maior praia da Costa Amalfitana. Ela está dividida: uma área para banho gratuita e outra parte privada, onde tudo é pago, ou seja, tem um custo para sentar em cadeiras, tomar banho de mar ou uma ducha. É um local mais limpo e organizado. Antes de entrar, confira os preços. Maiori tem areias vulcânicas mais escuras.

Maiori é uma cidade histórica. Em 1943 no mês de setembro, 1600 soldados americanos passaram por Maiori. Nesse ano, a Itália rompeu aliança com Alemanha e se uniu aos Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos). Em memória aos mortos da II Guerra Mundial, uma escultura foi colocada na praça em Maiori em 1993, juntamente com uma âncora que presta homenagem a toda gente dos mares.
Chiesa San Francesco

Próximo do porto de Maiori e de frente para o mar, está a igreja e convento de São Francisco – Via Giovanni Amendola, 41. Sua construção iniciou em 1405, passou por ampliação do convento franciscano e em 1590 as obras terminaram. Em estilo gótico, a igreja tem pilares divisores revestidos de mármore, decoração em pedra na entrada e 17 capelas com obras primas da pintura.

A igreja de São Francisco foi destruída pelos turcos em 1435. Cinco anos depois foi danificada por uma tempestade e em 1558 novamente destruída pelos turcos. A fachada data de 1938, com o tímpano no portal (decoração triangular sobre a entrada), com uma representação de São Francisco em azulejos. Algumas informações são do site: www.unescoamalficoast-it.translate.goog/architettura
Chiesa di San Domenico

Caminhando mais um pouco, chegamos na Via Roma. Outra igreja, esta do século XVII em estilo barroco. Com poucas informações, sabe-se que a igreja foi administrada pelos frades dominicanos que ofereciam a sede para estudos de filosofia, teologia e matemática. Foram suspensos em 1809. O terremoto de 1980 que atingiu o sul da Itália causou muita destruição em Maiori. A igreja de São Domenico foi atingida.

Conta-se que o Prefeito Leonardo Russo, de Maiori, perdeu mulher e filhos na peste de 1656. Ele foi salvo e fez doação de parte de seus bens a Ordem de São Domenico e por sua vontade a igreja foi fundada. As instalações foram também usadas como prisão, tribunal e hospital. Hoje, a igreja voltou as suas atividades originais. Tem estilo barroco.

O Palazzo Mezzacapo era residência dos marqueses de Mezzacapo. Hoje, o prédio comporta o arquivo histórico, a biblioteca municipal e o laboratório cultural. Ao lado estão os jardins do Mezzacapo.
No primeiro andar do Palazzo Mezzacapo, junto a biblioteca, encontramos o Presépio Monumental criado por Salvatore Anastasio.

São esculturas elaboradas artesanalmente, perfeitas em seus detalhes, demonstrando o talento do artesão. As peças representam os trabalhadores em seu cotidiano. Em um depoimento do artesão que está no site www.presepinapoletanianastasio.it explica a presença do presépio na cidade de Maiori. Ele diz: “Sou Salvatore Anastasio, um jovem artesão de presépio e realizo minha paixão a Maiori, onde nasci e moro com minha família”.
Castelo de Mezzacapo
Esta é a cereja do bolo, diria um velho ditado. Em Maiori se tem uma vista inigualável do Castelo Mezzacapo.

Foi construído no final do século XIX e está em uma rocha com vista para o mar. Erguido pelo Marquês Mezzacapo, não se deve confundir o castelo com o Palazzo Mezzacapo, que abordamos acima.

A história desse castelo começa na França, quando um dos marqueses de Mezzacapo ficou fascinado por um castelo às margens do rio Loire. Para construir em detalhes, como o original, o marquês comprou uma caixa de fósforos que mostrava na embalagem a imagem do castelo francês no Vale do Loire.

No final do século XIX, o castelo foi concluído. Ele tem três andares com três torres cilíndricas e cônicas na frente e atrás. O desejo da família Mezzacapo era ver construído um castelo tão majestoso quando o castelo do Vale do Loire na França.
Próximo Post:
Costa Amalfitana - parte 2
Comments