Orleans/SC: marcas do talento de Zé Diabo no paredão - parte 2
- Leci Rech
- 8 de out. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de out. de 2023
No post anterior, iniciamos a abordagem sobre o Paredão das Esculturas, feitas por Zé Diabo, um artista nascido em Orleans, que colocou a cidade no roteiro turístico de Santa Catarina. São cerca de 200 m² de área esculpida a 30 metros do chão.

Zé Diabo, durante muitos anos, trabalhou no paredão, fazendo uma jornada de 12 horas diárias. Ele reproduziu passagens bíblicas com cenas do antigo e do novo testamento. Alguns painéis não foram concluídos, outros, apesar da revitalização de 2017, são de difícil identificação. Foto: A. Linus Rech

Entre as esculturas, chama atenção a "Passagem do Mar Vermelho". Moises conduz seu povo após a travessia do mar vermelho. Em segundo plano estão os soldados do faraó, cavalos, escudos e armas. A passagem bíblica está em Êxodo 14.

Outra passagem interessante é “O Sacrifício de Abraão”, onde estão Abraão, Isaac, um cordeiro, um anjo, e o altar de sacrifícios. Conta a Bíblia que Deus pediu a Abraão para sacrificar Isaac seu filho único. Mostrando obediência, Abraão seguiu com o filho para o altar, quando um anjo pede que não faça e um cordeiro foi para o sacrifício. Gênesis 22: 1-14.

Zé Diabo morreu em 2017 com 87 anos, deixando as marcas do seu talento num paredão, ponto turístico obrigatório para o turista que chega a Orleans. Passeio gratuito.
Agora, o espaço das esculturas tem o seu guardião: é a estátua do artista, inaugurada em 2021, que foi feita por outro escultor da cidade de Orleans, Paulo Afonso Dalponte Pereira, em um trabalho de dois meses.

A escultura, com três metros de altura, mostra Zé Diabo com o lenço na cabeça, sua marca característica. Sempre usava durante o trabalho para se proteger da poeira.
A estátua foi feita em petit bronze, uma liga de estanho, chumbo, antimônio (semi-metal) e uma pequena (petit) quantidade de bronze.

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