Paraná: Esculturas da Natureza em Vila Velha
- Leci Rech
- 30 de ago. de 2020
- 3 min de leitura

Nosso destino era Vila Velha, saindo de Curitiba pela BR 376 são 92 quilômetros, mas para chegar cedo ao parque o melhor é ficar em Ponta Grossa. E foi esta a decisão. Aproveitamos para conhecer alguns pontos turísticos na cidade, apesar de que a atração maior é o sítio geológico de Vila Velha.

No centro de Ponta Grossa, no alto da colina, junto a Praça Marechal Floriano Peixoto, está a Catedral de Sant’ Ana. Tudo começou com uma capelinha, depois uma igreja maior foi construída e demolida. Foram 30 anos para então, a cidade receber a igreja matriz com seus vitrais coloridos, importados da Europa e uma moderna arquitetura. Com fôlego se chega à cúpula da catedral, depois de enfrentar 223 degraus.

Aproveite a passagem por Ponta Grossa para ver a Mansão Villa Hilda. Mistérios e histórias de assombrações envolvem esta construção da década de 20, época em que o industrial do ramo da cerveja, Alberto Thielen mandou construir o prédio e deu esse nome em homenagem a sua mulher, Hilda Thielen.

O casarão tem 600m² e está situado na Rua Julia Wanderlei, 936 esquina com Cel. Dulcídio, no centro da cidade. O estilo eclético arquitetônico brasileiro misturou influências, o que levou a mansão a receber intervenções da arquitetura francesa neoclássica e Art Nouveau. Observe a escadaria em mármore.

Habitada até os anos 40/50, contam que seus proprietários organizavam muitas festas no salão e que entravam noite adentro. E é justamente o barulho das festas e da música que ouvem e relatam as pessoas, passando ali na madrugada. Um casal Caça fantasmas, especialistas, estiveram na mansão e garantem que se comunicaram com os antigos donos.
Hoje a Mansão da Villa Hilda abriga a Fundação Municipal de Cultura e foi tombada em 1990, pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná.
Vila Velha

Saindo de Ponta Grossa pela BR 376, acesso Km 515, são 23,5 quilômetros até o Parque Estadual de Vila Velha. Chegue cedo, porque a capacidade é de 800 pessoas por dia. Horário das 8h30 às 15h30. Fomos de carro, tem estacionamento e dali segue até a bilheteria no Centro de Visitantes.

O guia de turismo é obrigatório e temos que pagar a taxa em moeda espécie, além do ingresso. Idoso não paga o ingresso, apenas a taxa do guia. Não esqueça que o calçado deve ser confortável para enfrentar a caminhada. Não é demais um boné, protetor solar e repelente, além de líquidos. Comida não é permitido.

Prepare a máquina fotográfica, pois durante toda trilha vão surgindo as formas que a natureza vagarosamente esculpiu nos arenitos. As rochas foram formadas pela compactação e pelo endurecimento de material granular como areia. Esse material arenoso foi cimentado com óxido de ferro (cor avermelhada das rochas). E são essas pedras rosadas ricas em ferro as responsáveis pela resistência a erosão.
A formação dos arenitos tem 300 milhões de anos, do Período Carbonífero. Na época, o sul do país estava muito próximo do Polo Sul e era coberto de gelo. As geleiras derreteram e os sedimentos foram depositados.

Os arenitos foram esculpidos por meio da erosão por ação da chuva, sol, mudanças de temperatura e pelo vento. Muitas das esculturas são claramente identificadas, como é o caso da bota (acima), do camelo, do índio e até mesmo da garrafa.

Outras esculturas levaram a imaginação dos observadores a identificarem lá no alto das formações rochosas, com alturas de 20 ou até 30 metros, algo que fosse do mundo real. É o caso do gatinho nesta foto.

A primeira parte da trilha termina na taça que é o símbolo de Vila Velha. Não fomos adiante, mas outro grupo seguiu para as furnas e lagoa dourada.
Para conferir horários de visita e valores consulte o site do parque ou email: pevilavelha@iap.pr.gov.br

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