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Tailândia: em Chiang Rai a arte supera a religião

  • Foto do escritor: Leci Rech
    Leci Rech
  • 27 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Chegou o dia tão esperado: conhecer Chiang Rai na região da tríplice fronteira, formada pela Tailândia, Laos e Myanmar (antiga Birmânia). Está a 180 km ao norte de Chiang Mai, onde estávamos hospedados. Chiang Rai é a porta de entrada para o Triângulo Dourado (Golden Triangle).

Foto: A. Linus Rech

A grande expectativa para chegar a Chiang Rai chamava-se White Temple, o Templo Branco que tem levado um número muito grande de turistas a esta pequena cidade.


A melhor opção para quatro pessoas foi um tour de um dia em Van com motorista. Pagamos 3.500 BHT sem refeições e ingressos. A viagem durou cerca de três horas até Chiang Rai, cidade fundada, em 1262, pelo rei Meng Rai, época em que foi a primeira capital do Reino de Lanna, título perdido por conta da proximidade com a tríplice fronteira e dos ataques inimigos. Em 1615, foi conquistada pelos birmaneses de Myanmar. Eles governaram até 1786, quando Chiang Rai foi anexada ao Reino do Sião, atual Tailândia. Em 1910, foi proclamada província no reinado do rei Rama VI. A prosperidade ocorreu com a chegada do turista a partir da década de 1970.


Wat Rong Khun

Nosso destino principal era o Templo Branco (Wat Rong Khun). A chegada foi impactante, lindo, todo branquinho, uma obra de arte.


Na verdade, o artista construiu um monumento em forma de templo, considerando que no local não vivem monges, nem são feitas cerimônias budistas. O projeto é de Chalermchai Kositpipat, tailandês, que realizou um sonho, usando seu próprio dinheiro. O estilo remete dinastia Lanna. O ingresso para visita custou 100 Baht.


Wat Rong Khun é um dos principais templos de Chiang Rai. Sua construção é de 1997. Inteiramente branco, o templo é cheio de detalhes. Tem milhares de pedacinhos de espelhos que brilham com o reflexo do sol. As tramas lembram ramalhetes de flores, as vezes serpentes, ou representam criaturas místicas.




Uma ponte indica o caminho para a entrada principal. Antes de passar, logo no início, se vê muito crânios, figuras de demônios e muitas mãos para o alto, o que representam dor e sofrimento, presos em plantas com espinhos. Mãos com cumbucas num gesto de pedintes. Dizem alguns guias que a cena simboliza a transição do inferno até o Nirvana.



Foto: A. Linus Rech

Na entrada da Ponte da Reencarnação estão duas figuras mitológicas, meio homem, meio pássaro, conhecidos na Tailândia como Kinnaree. O local é também chamado de Portão do Paraíso, porque depois de passar a ponte os pecados ficaram para trás.


A travessia da ponte significa renascimento, a superação do desejo e da cobiça. É o caminho para fugir das tentações.


Aqui em Chiang Mai foi encontrada a estátua do Buda Esmeralda, enquanto Reino de Lanna, em 1434, quando um raio atingiu o templo na cidade.

Hoje, essa relíquia, feita em jade com 66 centímetros, considerada símbolo maior da Tailândia, está na capital Bangkok no complexo do Gran Palace dentro do Wat Phra Kaew.


Caminhar pelo complexo do Templo Branco é refletir sobre os ensinamentos de Buda. As esculturas dos três Budas sábios – cego, surdo e mudo - ensinam, segundo provérbio japonês, não ouvir, não ver e não fala mal. Seus nomes são: mizaru, aquele que cobre os olhos, kikazuru que tapa os ouvidos e iwazaru o Buda que tapa a boca.


Sem dúvida, o passeio é imperdível. Fica a 15 km de Chiang Mai e aproximadamente 700 km da capital Bangkok. Horário: das 8h às 17horas. Aqui, tudo é tão inusitado que este templo dourado nada mais é do que banheiros, masculino e feminino.



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Big Buda (Wat Huay Plakang)



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