Bate volta a partir de Natal: Barreira do Inferno e Maior Cajueiro do Mundo
- Leci Rech
- 3 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
CLBI – Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
O CLBI foi a primeira base aérea da América do Sul. Inaugurou em 1965 com a função de lançamento de foguetes. Entre as atividades do Centro, o Projeto Exametnet fez o lançamento de 207 foguetes para estudar a atmosfera entre 1978 e 1990.

O Projeto Ozônio tem em sua planilha de estudos da camada de ozônio, 81 lançamentos entre 1978 e 1990. Já o veículo espacial Ariane foi desenvolvido pelo CLBI e pela Agência Espacial Europeia para a função de rastreio e segurança de veículos de satélites.

Nosso tour foi feito pela Marazul de Natal, mas não recomendo o passeio. O guia nos deu dez minutos para passar correndo pelos foguetes na parte externa, bater fotos e passar os olhos pelos painéis no interior do Centro. Sem condições. É bem próximo de Natal, são 11 km da Ponta Negra pela rodovia RN-063. Foi um erro contratar um tour, o que reconheço. Saí frustrada do local.

Fica a dica, usem outra forma para conhecer este espaço tão interessante. A visita ao museu do CLBI é gratuita e não é necessário agendamento. Contato: 084.3216.1455 ou 084.3216.1400 ou ainda: visitaclbi@gmail.com. Visitas internas só para estudantes e com agendamento.

O nome Barreira do Inferno surgiu entre os pescadores. O Centro fica na zona das dunas que tem uma faixa litorânea com falésias vermelhas. Como os reflexos das falésias pareciam fogo em uma mureta, ganhou o nome que o CLBI mantém até hoje. Outra curiosidade é a cor branca dos foguetes. É utilizada porque ajuda a refletir melhor o calor, além de facilitar as inspeções por trincas ou outras falhas.
AT-26 Xavante
Além dos foguetes, está em exposição no Centro de Lançamento Barreira do Inferno, um equipamento original: o AT-26 Xavante.

Para a fabricação desse tipo de aeronave, em 1970, foi feito um acordo entre a Aermacchi italiana e a Embraer. A partir dessa parceria foi produzido o primeiro exemplar que realizou seu voo inaugural em setembro de 1971.

Essas aeronaves da Força Aérea Brasileira foram usadas em unidades de treinamento, em unidades operacionais de caça e em fotorreconhecimento. Em 2014, os últimos AT-26 Xavante foram desativados, restando apenas a história da aeronave da FAB. Alguns dados foram obtidos em www2.fab.mil.br/afa/index.php/aeronaves/
Atualmente a base de lançamentos de foguetes no Brasil fica no estado do Maranhão. O Centro Espacial de Alcântara, instalado no município de mesmo nome, é operado pelo Comando da Aeronáutica da Força Aérea Brasileira desde 1990.
Maior Cajueiro do Mundo

Imperdível conhecer o cajueiro de Pirangi que já completou 135 anos. É uma árvore gigante que, em 1994, entrou para o Guinness Book – o Livro dos Recordes - como o Maior Cajueiro do Mundo.

Subindo até o mirante que tem 10 metros de altura, você terá a sensação de ver uma floresta. É uma única arvore que espalhou seus galhos, tomando conta da rua e aumentando seu perímetro, um contorno que já atinge 500m. A área coberta é de cerca de 8.500m². Até já existe um projeto para desapropriação de casas na direção dos galhos que avançam, sem piedade, querendo ocupar uma área ainda maior.

O cajueiro está a cerca de 15 km ao sul de Natal na Praia de Pirangi do Norte no município de Parnamirim. O horário de visita é das 8 às 12h e das 13h15 às 17 horas. O ideal é chegar cedo, porque as filas são imensas para comprar o ingresso (R$ 8,00) e depois para circular por passarelas, dentro de um grande emaranhado de galhos.

O Cajueiro de Pirangi tem uma produção aproximada de 70 a 80 mil cajus por ano. Estamos falando de mais de duas toneladas de fruta. O caju é formado por duas partes: a fruta que é a castanha e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, confundido como sendo a fruta. São conhecidas cerca de vinte variedades de caju, nas cores amarelo, rosado ou vermelho. O caju é rico em vitamina C e ferro.

Entretanto o centenário cajueiro do Rio Grande do Norte corre o risco de perder o trono para a árvore do Piauí. Estudos indicaram números maiores para o Cajueiro-Rei com 200 anos no litoral do Piauí, no município de Cajueiro da Praia. Segundo a Secretaria Estadual de Turismo um levantamento, em 2016, mostrou que o Cajueiro piauiense tem uma área de 8.800m². Comparado com a área do Cajueiro de Pirangi, são 300m² a mais.
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