Natal/RN – Forte marca da presença dos portugueses

O Forte dos Reis Magos é um dos pontos turísticos mais visitados em Natal.

A edificação militar é uma fortaleza portuguesa do século XVI. Começou a ser construído no Dia de Reis em 06 de janeiro de 1598, por isso recebeu este nome.

A construção em pedra teve como arquiteto Francisco Frias da Mesquita, engenheiro militar português.

Foi inaugurado em 1628, entretanto em 1602 o forte já contava com canhões em bronze e ferro, além de 200 homens.

Os vestígios do passado também estão nas paredes, formadas por blocos de arenito com argamassa de cal.

Os índios potiguares, pertencentes ao grupo tupi, andaram por esta região. O primeiro contato com os portugueses foi bem difícil, muitos foram mortos e outros aprisionados para trabalharem em lavouras. Durante as escavações muitos materiais indígenas foram encontrados, assim como as louças finas de porcelana, que explicam um pouco a presença desses povos.  

Em 1633, os holandeses, motivados pelos negócios açucareiros, invadem Natal. Eles tomam o Forte dos Reis Magos e batizam Natal com o nome de Nova Amsterdã. E a fortaleza passou a se chamar Kasteel Keulen (Castelo Ceulen) identificado também como o alojamento de Mathias van Ceulen – comandante da expedição holandesa. Em 1654, acaba o domínio holandês. Durante a ocupação grande parte dos potiguares ficou ao lado dos portugueses.

Em 1904, o Forte dos Reis Magos foi desativado. Voltou a ser usado durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) quando esteve guarnecido por uma Bateria Independente de Artilharia de Costa. E por fim em 1949, foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Com tantas histórias, o turista que chega a Natal não pode deixar de fora a visita a essa fortaleza que tem o formato de uma estrela de cinco pontas e fica na margem do Rio Potengi. Ingressos: 5,00 inteira e 2,50 a meia-entrada. É gratuito para crianças até sete anos e idosos acima de 60 anos (Valores para 2024). Horário: das 8h às 16horas de terça a domingo. No seu interior, em uma sala, está o Marco Quinhentista – monumento de pedra que representava o domínio português. O marco feito em pedra lioz (tipo de calcário) com 1m62 tem em relevo a Cruz da Ordem de Cristo. O monumento monolítico foi encontrado na costa norte-rio-grandense. 

Ao deixar o forte encontramos esse morador do norte do país. Mansinho fica aguardando que joguem uma água. O passeio foi feito com o guia de turismo Antonio Melo, que recomendo. Fizemos um pacote com o forte e mais dois castelos que falaremos no próximo post. Instagram: guiaantoniomelo. Valeu. Não posso deixar de registrar a falta de manutenção no local com uma pintura para valorizar o Forte dos Reis Magos.

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Castelos de Zé dos Montes em Natal e em Sítio Novo