Chile - um país no Círculo de Fogo: Valparaíso, Viña del Mar e Valle Nevado
- Leci Rech
- 15 de mar. de 2020
- 3 min de leitura

A partir de Santiago do Chile são muitos os locais que se pode fazer bate e volta. Até Valparaíso fomos de carro locado no aeroporto. Para chegar à cidade o caminho é pela rodovia 68 (Ruta 68). São 120 km em estrada duplicada com pedágios. No trajeto passa-se por vinícolas que podem ser visitadas. A rodovia termina no centro de Valparaíso.
Tombada pelo Patrimônio Histórico da Unesco, a cidade portuária de casas coloridas é rodeadas por cerros.

O ascensor Artillería, um funicular ativo desde 1925, faz a ligação entre a estação baixa e o Paseo 21 de Mayo na estação alta, um percurso de 500 metros.
Os dois vagões sobem e descem, cruzando no meio do caminho. A capacidade é para 25 pessoas.

O Paseo 21 de Mayo é o principal mirante da cidade. Ali junto está a feirinha com joias e artesanato. Não deixe de levar uma joia feita com a pedra azul lápis-lazúli. Vale a pena e o preço é justo.
Também fica na estação alta o Museu Naval Marítimo - Paseo Veintiuno de Mayo, 45 onde você poderá ver a Cápsula Fenix usada para o resgate dos 33 mineiros soterrados no Chile em 2010. Confirmem horários porque não consegui ver estava fechado.
Também está em Valparaíso, La Sebastiana, uma das três casas museus de Pablo Neruda. Fica num cerro na Rua Ricardo de Ferrari, 692.
Viña del Mar
Vinã del Mar é vizinha de Valparaíso, sendo assim vale a pena dar uma chegada, depois da visita a cidade portuária. A distância não ultrapassa a 9 km por uma estrada bem agradável e bonita. Tem muita coisa pra se ver.
A Quinta Vergara de Viña del Mar é uma grande área verde com jardins que tem como pontos turísticos o Palácio Vergara e o Anfiteatro, onde se realiza o Festival Internacional da Canção anualmente.
O Anfiteatro é uma obra de 1963 do arquiteto Hernando Lopes. Foi remodelado pelos arquitetos Borja Garcia e Huidobro Severin, permitindo uma capacidade para 15 mil pessoas.

O Palácio Vergara é de 1910 em estilo gótico veneziano. Ele substituiu uma residência familiar destruída pelo terremoto de 1906.
Foi transformado em museu, mas em 2010, outro terremoto danificou o palácio e ficou interditado. Conferir se está aberto para visitação.

Outro palácio que vale a visita é o Carrasco. Em 1903, o empresário Emilio Carrasco entregou nas mãos do arquiteto francês Azancot o projeto, entretanto antes mesmo de concluída obra o empresário morreu.
O Palácio Carrasco passou pelos terremotos de 1965 e 1971, sendo restaurado seis anos depois. Hoje é um Centro Cultural.


A poucos passos do Palácio Carrasco está o Museu Fonck. É um espaço de arqueologia e história. Foi inaugurado em 1937 e assim chamado numa homenagem a Francisco Fonck, um investigador de arqueologia.
Na frente do prédio está um moai, trazido da Ilha de Páscoa - estátua em pedra esculpida pelo povo Rapanui, nativos da ilha que fica a 3.500 quilômetros de Santiago.

O Cassino Municipal de Viña del Mar é uma joia que merece a visita. O edifício de 1930 está na Avenida San Martín, 199.
Para jogadores tem 1200 máquinas e vários ambientes, mas não esqueçam é um cassino e, portanto, proibido para menores de 18 anos. Vale uma foto.
São muitas paisagens deslumbrantes. Na beira mar está o Castillo Wulff - Av. Marina 37, entretanto tenha certeza para onde se vá o Chile é bastante rico em arquitetura.

Seguindo pela Avenida Borgoño, cerca de 10 quilômetros, chega-se a Praia Reñaca com prédios em formato de escadinhas - uma arquitetura diferente do que se costuma ter no Brasil. São muitas as praias, mas é preciso de tempo para conhecer, voltei desse ponto. Sei que ficou muito pra ver numa próxima viagem.
Valle Nevado
São muitas as estações de esqui chilenas. Entre elas está o Valle Nevado com aproximadamente 3.000 metros. Em carro locado no aeroporto, fomos em dezembro, assim não peguei aquele frio de julho.


São 46 quilômetros de Santiago por estrada asfaltada até Farellones e depois são mais cinco quilômetros para chegar a Estação do Valle Nevado.
É preciso cuidado porque a estrada é muito estreita e cheia de curvas. Claro que no inverno a paisagem é incomparável com a neve branca cobrindo tudo. Fica para a próxima viagem.
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