Florianópolis comemora seus 349 anos
- Leci Rech
- 20 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Florianópolis comemora em 23 de março os seus 349 anos de fundação. Muita coisa mudou nos seus últimos 50 anos.

A antiga Alfandega, de 1874, foi revitalizada e inaugurada em 2020 por iniciativa da Prefeitura e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O Largo da Alfandega agora conta com diferentes espaços gastronômico.

Nos corredores do Largo da Alfândega pode se ver imagens de diferentes povos e personalidades.
A cobertura metálica remete a renda de bilros, um produto tradicional da ilha, trazido pelos açorianos, imigrantes vindos da Ilha dos Açores, Portugal.

Na década de 70, quando se visitava a cidade, era inevitável dar uma chegada ao mercado para comprar travessas, cumbucas ou mesmo uma moringa para água, tudo feito de barro. Ficavam no chão para sua escolha. Eram outros tempos, verdade, mas ainda existem pra vender em algum box tradicional.
Foto de A. Linus Rech - 1973
Ribeirão da Ilha
Neste ano, quando se comemora o aniversário da capital de Santa Catarina vamos falar também sobre um lugar histórico com muita natureza, tranquilidade e gastronomia que fica no sul da ilha.

Ribeirão da Ilha é o segundo bairro mais antigo de Florianópolis. Fica a 22,7 quilômetros do centro.
A via principal é a Rodovia Baldicero Filomeno. O lugar é bastante tranquilo, ainda com muitas casinhas coloridas da arquitetura colonial, que guardam com carinho as lembranças da presença dos açorianos por aqui.

Entre 1748 e 1756, desembarcaram na ilha de Santa Catarina, seis mil açorianos, imigrantes do arquipélago de Açores/Portugal.
Segundo historiadores, 60 casais se fixaram no Ribeirão da Ilha, época em que houve a colonização efetiva. Em 1839, o distrito foi promovido a vila.

Entretanto a presença dos espanhóis em terras catarinenses é bem anterior à presença dos açorianos, entre 1506 e 1515. Outros dados históricos indicam que a região foi ocupada por indígenas há 2.000 anos. Inicialmente pelo grupo Jê e mais tarde os índios Carijós. Esses últimos chamaram um pequeno rio de ribeirão, dando origem nome do bairro.
Azulejos
Os azulejos, que estão por todos os lados do Ribeirão, foram feitos pelo artista plástico e autodidata Jesus Fernandes. São pinturas em azulejos com técnica portuguesa e estilo realista. Os painéis ornamentam as paredes nas ruas do bairro.

A gastronomia é o forte do Ribeirão da Ilha com muitos bares e restaurantes que oferecem frutos do mar, especialmente ostras e mariscos. Almoçamos na Muqueca da Ilha que tem bons preços e tudo muito bem feito. Uma delícia.
Foto: A. Linus Rech

Em 1950, a pesca e a maricultura (cultivo de organismos marinhos) se tornaram as principais atividades econômicas do bairro. Ainda hoje são produzidas muitas ostras, por isso o local é especializado neste tipo de fruto do mar.
Próximo Post em Ribeirão da Ilha:
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