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Florianópolis comemora seus 349 anos - parte II

  • Foto do escritor: Leci Rech
    Leci Rech
  • 27 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Neste ano quando Florianópolis comemora 349 de fundação, vale a pena relembrar a história da cidade que iniciou com a chegada dos imigrantes.

No post passado, parte 1, falamos sobre o Ribeirão da Ilha por ser um dos primeiros núcleos, desenvolvidos com a chegada dos imigrantes da Ilha dos Açores/Portugal.


Igreja Nossa Senhora da Lapa

Quando Manoel Valgas Rodrigues chega à região do Ribeirão, manda construir uma capela para colocar a imagem de Nossa Senhora da Lapa. Depois a capela foi substituída por uma igreja em estilo colonial, feita de pedra, cal, óleo de baleia.

A igreja de N.S. da Lapa foi construída entre 1763 e 1806 junto a Praça Hermínio Silva.

Em 1845, Dom Pedro II e a Princesa Dona Tereza Cristina visitaram a igreja e com uma doação foi possível concluir a obra.

A igreja é tombada como Patrimônio Histórico de Santa Catarina desde 1998 e foi restaurada em 2009.



Foto: A. Linus Rech

No interior, os três altares são em branco e dourado com colunas salomônicas (em espiral ou torcidas) uma característica da arquitetura barroca.


Em fevereiro de 2022, a igreja do Ribeirão, sagrada em 1806, fez dupla comemoração: pelos seus 216 anos e por ser o local onde foi rezada a primeira missa na ilha, realizada em 1809. Néia, nativa e guardiã da igreja, fala com orgulho desta realização.



Néia, vai contando as histórias que já conhece muito bem. Diz que foram 40 anos para a construção do templo católico e que o sino ainda é o original, vindo de Portugal.

São duas torres, a sineira e outra cega, intercaladas por uma cruz de ferro.



Império do Divino Espirito Santo

O Império do Divino Espírito Santo no Ribeirão da Ilha é uma herança cultural açoriana e um dos poucos exemplares em Santa Catarina.

O Império é o centro do cerimonial em louvor ao Espírito Santo. Esse tipo de construção era comum estar próximo da igreja. Em Ribeirão da Ilha foi preservado.


No Ribeirão foi erguido um império-capela, coberto por um telhado de duas águas. De dimensões reduzidas foi o modelo mais difundido.

Existem ainda poucos impérios, porque a partir do século XX foram demolidos.



Os impérios surgiram na Idade Média, mas esteve presente especialmente nos Açores/Portugal que preservava o culto ao Espírito Santo. A Festa do Divino inicia depois da Páscoa e durante esse período é feita a coroação dos “imperadores”, um casal da irmandade que conduz o evento popular. O cerimonial é realizado dentro do império.


Ecomuseu do Ribeirão da Ilha

Entrando no Ribeirão e seguindo pela Rodovia Baldicero Filomeno, nº 10.106 chega-se ao Ecomuseu que guarda um acervo com a história de Santa Catarina e do cotidiano dos imigrantes açorianos que colonizaram a ilha.

Além da casa no alto, que tem horários diferenciados, junto há outro espaço, onde está um engenho de açúcar de 1910 em sua forma tradicional e uma carroça no estilo português. Vale conferir horários, tel. 048-3237.8148.


Ribeirão da Ilha é sol, é história, artesanato e uma rica gastronomia, regada a ostras entre outros frutos do mar. Para encerrar nada melhor do que doces portugueses, eles nos remetem a terras de além-mar e seu povo que atravessou o oceano para colonizar o Brasil.

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