Grécia: A Caminho das Ilhas - Santorini
- Leci Rech
- 27 de set. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de mar. de 2023

Santorini é muito mais do que se vê em fotos. É encantadora. Vale a viagem. A ilha pertence ao arquipélago Cíclades no Mar Egeu. Uma erupção vulcânica devastou Santorini, antiga Tera, e moldou uma nova paisagem.

A ilha está aproximadamente a 300 quilômetros de Atenas, mas como saímos de Mykonos a distância até Santorini era de apenas 116 quilômetros, que é feito em 1h30min. em hydrofoil, um barco rápido.

As datas exatas são contestadas, mas calcula-se que o vulcão que destruiu a ilha tem cerca de 3.600 anos.
Santorini tinha a forma circular e partiu-se em três partes, mas passaram-se séculos até ser habitável novamente. A explicação é que a ilha está numa zona de intensa atividade sísmica.

As falésias de Santorini, hoje, são as paredes da antiga caldeira. Como se estivessem penduradas no penhasco, ali estão as famosas casinhas brancas, hotéis, bares e restaurantes. Thira ou Fira, a capital, é isso, uma cidade nas encostas acima da caldeira, ou seja, da cratera submersa. Moderna, Santorini é um centro cultural e comercial.

Esta ilha vulcânica é rota de grandes navios de cruzeiros que desembarcam turistas ávidos em percorrer as ruelas estreitas de Fira com máquinas e celulares que registram essa paisagem única. Bom lembrar que Santorini tem em suas ruas outros personagens além de visitantes: são os jegues, já famosos que transportam passageiros para cima e para baixo.

Em Santorini, locamos um carro para desbravar a ilha. Muitos seguem em quadriciclo. Indo para o norte, paramos primeiro em Firostefani, uma pequena vila, com boa rede hoteleira, mais tranquila que a capital Fira, mas com vistas incríveis e a visão da caldeira. Em em seguida chegamos a Imerovigli, outro vilarejo, um pouco mais sofisticado, no alto da falésia e com hotéis de luxo, a 2,5 quilômetros do centro.
Oia

Seguimos em direção a Oia que se pronuncia “ia”. Ela está no ponto mais alto da ilha e é um local muito movimentado. O vilarejo é gracioso, muitas casas brancas e igrejas com cúpulas azuis.
Aqui o turista espera pelo pôr do sol que é considerado um dos mais lindos do mundo. Difícil é encontrar um lugar privilegiado para fotografar. Fica lotado. Bom lembrar que os preços em Oia são bem salgados.
Red Beach – Praia Vermelha

Descendo para o sul da ilha, existem outras atrações imperdíveis. São muitas as praias, optamos pela Praia Vermelha e valeu a pena. É uma praia diferente com areias grossas em tom rosado, falésias e pedras vermelhas de origem vulcânica. Se você for de carro tem um estacionamento e é preciso fazer uma caminhada de uns dez minutos para chegar.
Akrotiri

Saindo de Praia Vermelha são dois quilômetros até Akrotiri, hoje um sítio arqueológico. Do centro da ilha são 12 quilômetros. A cidade era uma das mais antigas e desenvolvidas da Europa, onde foram encontrados os primeiros métodos de escrita. Entretanto tudo foi sepultado, sob um metro de cinzas, os habitantes, as casas e outros seres vivos, como fauna e flora, exterminados pelo vulcão.
Investigadores acreditam que esta foi uma das maiores catástrofes vulcânicas, mais violenta do que a erupção do Vesúvio, que soterrou Pompeia na Itália, séculos depois.

Akrotiri teve os rios envenenados e o solo ficou estéril por muitos anos. Durante os trabalhos de escavações, foram encontrados vestígios de condutos de escoamento de águas pluviais e residuais, com canalizações que ligavam as casas para a rua, demonstrando o quanto a população era adiantada.
Viajar para as ilhas gregas entre dezembro e abril não é recomendado por ser baixa temporada. Significam frio, chuva e poucas opções de transporte que fazem o circuito Atenas-Ilhas Gregas.
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