Grécia: Metéora - entre o céu e a terra
- Leci Rech
- 4 de out. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de mar. de 2023
Não tenho palavras pra definir este passeio. Poderia dizer sensacional, incrível, indescritível, uma viagem no tempo. Os mosteiros suspensos sobre pilares de rochas de arenito desfilavam diante de nossos olhares, desafiando arquitetos do mundo contemporâneo.

Para chegar neste lugar, que é único no mundo, andamos cerca de 370 quilômetros a partir de Atenas. Fica na Grécia central. Fomos num tour, já contratado aqui no Brasil.

Passamos primeiro em Aráchova – 160 quilômetros da capital Atenas. É uma pequena cidade com ruas estreitas e belas casas de pedra. Mas o que chama atenção do turista é sua estação de esqui. Junto do Monte Parnaso, Aráchova está a 950 metros de altitude.

Muito próximo de Aráchova, chega-se a Delfos (Delphos), 180 quilômetros de Atenas, onde se encontra um sítio arqueológico famoso por seu templo e pelo Oráculo, local frequentado pelos gregos que pediam a seus deuses respostas para suas perguntas. Era o centro espiritual da cultura helênica.

Delfos está na encosta do Monte Parnaso, de onde foram retiradas as pedras para a construção do teatro com capacidade para cinco mil pessoas. Ali também era o local dos Jogos Píticos que se realizavam de quatro em quatro anos. Era diferente dos Jogos Olímpicos, porque tinham competições de música e poesias.
Delfos é chamado de umbigo do mundo. Diz a lenda que Zeus queria saber onde era o centro da terra, para isso duas águias viajaram de direções opostas e o local de encontro das aves foi em Delfos.

Mais algumas horas de viagem chegamos a Kalambaka, onde pernoitamos para no outro dia seguir para Metéora – região dos mosteiros. O nome vem de meteorito, suspenso no ar, ou acima do céu. Também é dito que Metéora significa entre o céu e a terra ou colunas do céu.

É um complexo de mosteiros do Cristianismo, onde montanhas de rochas maciças abrigam construções do século XIV e XV, quando da ocupação da Grécia pelo Império Turco-Otomano.
Nesta época os monges se refugiaram nessas fortalezas, praticamente inacessíveis, algumas em rocha de mais de 600 metros de altura. O acesso era através do içamentos de cordas. Assim subiam os materiais para a construção. Muitos ainda são habitados por monges. Hoje existem escadarias de acesso aos mosteiros, mas nem todos podem ser visitados pelo turista.

Na Planície de Tessália, esse conjunto de monastérios da igreja Ortodoxa era um local de retiro, meditação e de orações. Essas relíquias foram reconhecidas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
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