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Orleans/SC: as marcas do talento de Zé Diabo no paredão - parte 1

  • Foto do escritor: Leci Rech
    Leci Rech
  • 24 de set. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de out. de 2023

Este é o segundo post sobre Orleans que fica a 188 quilômetros de Florianópolis.

Nosso roteiro, saindo da capital, foi Gravatal pela BR-101 até Tubarão (posts de 7/8/22 e 4/9/22). Seguimos por Braço do Norte até Orleans, o que dá 30 quilômetros. O trajeto direto Florianópolis-Orleans se faz em 2h30 de carro aproximadamente.


A cidade de Orleans é chamada de Capital da Cultura. Sem modéstia, é verdade, tem muito para se aprender e para enriquecer a bagagem do turista que gosta de história e de arte.

No centro, encontramos a Igreja Santa Otília com muitas histórias que já iniciamos no post anterior, quando falamos da capelinha.

Foto: A. Linus Rech



Santa Otília é Padroeira de Orleans. Sua paróquia foi fundada em 21 de julho de 1909 durante a visita de Dom João Becker, primeiro bispo de Florianópolis e foi concluída em 1935.

O estilo arquitetônico da igreja é o gótico tardio. A torre, com 53m de altura aproximadamente, guarda dois relógios, feitos no município de Lauro Muller pelo artista relojoeiro Ary José de Medeiros.




Acima da porta principal, a imagem de Cristo Rei é outra obra de arte do escultor Paulo Afonso Dalponte Pereira, artista da terra que mencionamos no post anterior, quando mostramos a estátua do Conde D’Eu, fundador da cidade.



Foto: A. Linus Rech

O interior é simples. O que mais impressiona é a utilização de arcos ogivais que deram maior leveza às paredes.

O arco ogival foi um elemento estrutural muito usado na arquitetura gótica, um estilo surgido no século XV e utilizado aqui em Orleans. O altar em mogno tem esculturas assinadas pelo artista Paulo Dalponte.


Fonte da Felicidade

Foto: A. Linus Rech

Na Praça Celso Ramos, junto da Igreja Matriz Santa Otília, encontramos mais uma obra de arte do escultor Paulo Afonso Dalponte Pereira, considerado um dos mais criativos e talentosos artistas do Estado de Santa Catarina. No centro da praça está a Fonte da Felicidade, instalada em 2008 durante a revitalização do local.




A Fonte da Felicidade dá um brilho especial à praça, já recheada pela natureza. Dalponte, na parte de cima, colocou cabeças de leão, jorrando água pela boca.

Na parte de baixo, ninfas deixam a água cair dos seus jarros. As ninfas eram divindades femininas da mitologia grega que habitavam lagos, riachos bosques e florestas.


Mirante Morro da Santinha

Este é um passeio de fácil acesso pra curtir a vista da cidade. É preciso cuidado pra não errar. Fica na Rua Nossa Senhora das Graças 256-680 Bairro Aires Rodrigues.

O monumento é de Nossa Senhora das Graças, tem seis metros de altura e 13 toneladas. A escultura é um trabalho do artista Paulo Afonso Dalponte Pereira.


A serpente abaixo, nos pés de Nossa Senhora das Graças, simboliza o demônio vencido pela Virgem Maria, quando ela esmagou a cabeça do animal como prometido por Deus no livro Gênesis.


A devoção a Nossa Senhora das Graças iniciou em 1830, a partir da vinda da Virgem Maria. Foram três aparições a Santa Catarina Labouré que pertencia ao convento das Filhas da Caridade em Paris/França.


Nossa Senhora das Graças é associada a curas com histórico de milagres que foram realizados por meio da devoção.

Um dos símbolos da santa é a medalha milagrosa.

Foto: A. Linus Rech



Esculturas do Paredão

As esculturas, feitas no paredão da Rua Etiene Galdenti Stwilrski – centro, são um legado cultural deixado por Zé Diabo.


Zé Diabo - assim era conhecido esse artista autodidata. José Fernandes nasceu em Orleans em 1930. Foi pedreiro, pintor e dedicava-se a pinturas sacras em igrejas e capelas. A seguir uma sequência de fotos tiradas na década de 1980, quando tive a felicidade de conhecer esse artista. Fotos: A. Linus Rech

A ideia de colocar seu talento numa rocha de arenito surgiu em 1977. Três anos depois Zé Diabo começou sua obra de arte que seria perpetuada e colocaria Orleans na lista dos roteiros turísticos. São cerca de 200 metros de área esculpida a 30 metros do chão, onde Zé Diabo trabalhou muitos anos, fazendo uma jornada de 12 horas diárias.


Próximo Post:

- As esculturas do paredão - parte 2

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