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São Martinho/SC: café colonial aquece o turismo

  • Foto do escritor: Leci Rech
    Leci Rech
  • 25 de jun. de 2023
  • 4 min de leitura

O café colonial é uma especialidade do sul do Brasil. Surgiu na época dos colonos no século XVII.

Segundo a história, os senhores de engenho tomavam um completo café da manhã para sair ao trabalho. As sobras eram destinadas aos serviçais da casa grande à tarde. Por esta razão ganhou o nome de café do colono.


Com o passar do tempo os cafés com pães e bolos passaram a chamar café colonial.


No sul, essa tradição é atribuída aos alemães. Além de serem especialistas em bolos e bolachinhas, eles trouxeram da Alemanha o hábito do café da tarde. As famílias se reuniam, aos domingos, com mesa farta, quando era oferecido pães, bolos e bolachinhas.


Foto: Juliana Rech



O costume espalhou-se e hoje é programa de turista sair em busca de um café colonial mesmo em cidades distantes. Quanto mais itens são oferecidos mais famoso é o café.

Em Santa Catarina, é bastante conhecido o café colonial de São Martinho. De Florianópolis, via BR-101, são 180 km. Seguimos até Tubarão, e tomamos a saída para Gravatal, seguindo por Armazém até São Martinho.


A cidade iniciou sua colonização a partir de 1860 com a vinda dos alemães. Os imigrantes vieram de Westfhalia, região entre os rios Reno e Weser, unidade política do Reino da Prússia. Os alemães chegaram no final do século XIX, por volta de 1855. A colônia recebeu o nome de Praia Redonda e com a emancipação passou a se chamar São Martinho.


São Martinho recebeu do Vaticano o título de Capital Mundial das Vocações Sacerdotais por formar padres em grande número. Mais de 40 padres estão espalhados pelo Brasil. O culto religioso é evidenciado também pela iniciativa da comunidade que trabalhou de forma voluntaria na construção da gruta de Nossa Senhora de Fátima no centro de São Martinho.



A gruta de N. S. de Fátima, inaugurada em 1985, foi esculpida artesanalmente em pedras rústicas. A iniciativa foi do Pe. Eduardo Knopp com ajuda dos fieis da matriz Cristo Rei.


Igreja Matriz Cristo Rei

A Matriz fica na Praça da Matriz, na Av. Frederico Schmacker, 1112. Foi construída, em 1940, em homenagem ao padroeiro Cristo Rei. O Pe. Gabriel Lux foi o idealizador, coordenador e arquiteto da construção.



Nosso destino, agora, é o café colonial Fluss Haus que fica em Vargem do Cedro, distrito de São Martinho. É preciso enfrentar uma estrada ora asfalto, ora de terra. Muitas curvas, muita disposição e paciência para chegar. São 12 km de estrada de chão.



No caminho, na Estrada Geral Vargem do Cedro, se pode ver as estações da via sacra.


A iniciativa é do Padre José Rohr e o trabalho é do artesão Antônio Berto de Criciúma, município no sul de Santa Catarina. O artista plástico é conhecido também como Berto Santeiro.


As esculturas são em alto relevo e foram concluídas no ano 2000.


Igreja São Sebastião

Antes de chegar, a 800 metros do Fluss Haus, está Igreja São Sebastião. O templo católico foi construído seguindo as características e o estilo barroco das igrejas deste grupo religioso. A igreja foi erguida, em 1928, por iniciativa do Padre Gabriel Lux, nascido em Bonn/Alemanha e que chegou ao Brasil em 1903. Por 20 anos, o missionário trabalhou em Vargem do Cedro.



O interior da igreja São Sebastião foi enriquecido pelas pinturas com cenas de Jesus e do Filho Pródigo no teto. Nas laterais, os vitrais valorizam o templo católico, considerado o tesouro da região.


Fluss Haus

Foto: Juliana Rech

Fluss Haus é um complexo que reúne ambiente para um chope gelado, loja com variedade de pães, bolachas e chocolates, almoço alemão e o café colonial. O início da casa, voltada a gastronomia, foi em 1996, quando seus fundadores deixaram a lavoura para se dedicarem a produção de pães e bolachas.



Fluss Haus significa Casa do Rio. Ganhou esse nome porque o rio Capivara passa na área da casa.


Na chegada, o turista já é recebido pelas carpas que deslizam nas águas cristalinas, uma diversão para as crianças que visitam o local.



O café colonial que é servido das 15 às 19 horas dispõe nas mesas mais de 90 itens entre salgados, doces, sopa de galinha caipira, pães e tortas.


São servidos pratos característicos da cozinha alemã como strudel, chucrute, salsichões, marreco recheado e tantos outros.

Experimentei o famoso eisbein (joelho de porco), uma delícia.




Andar pelos jardins é a pedida depois do farto café colonial.


Baumhaus Dorf (casas na árvore)

Dentro do complexo da Fluss Haus uma vila com casas em árvores encanta a todos.

As casas foram construídas sobre o tronco e feitas de madeira. São coloridas com portas, janelas e pontes de acesso. A estrutura é sustentada por meio de cabos de aço e cordas.


As casas nas árvores existem em vários países e são voltadas ao turismo. Em alguns casos para crianças brincarem. Na Alemanha chama Baumhaus, nome dado também aqui no espaço Fluss Haus.

As casas estão praticamente vazias. Encontramos uma delas com muitos quadros na parede com receitas de quitutes. As fotos nesta vila ficam lindas, a ideia é genial e valorizou o complexo turístico.


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