São Paulo: Museu de Arte Sacra e Presépio Napolitano

Desde 1970, o Museu de Arte Sacra de São Paulo ocupa parte do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz. É uma edificação do século XVIII da arquitetura colonial paulista que ainda preserva a estrutura e materiais originais.

O mosteiro, fundado em 1774, foi uma iniciativa de Frei Galvão, primeiro santo brasileiro. Ele fez o projeto e trabalhou na obra como pedreiro e supervisor. O mosteiro é um exemplar de arquitetura de taipa, com uso da técnica de construção de argila.

Além das esculturas sacras e do mobiliário vale a pena conhecer a coleção de prataria e ourivesaria com peças como cálices e ostensórios. O museu foi fundado em 1970 e se transformou num dos mais importantes guardiões do acervo de arte sacra do Brasil.

Réplica Profeta Ezequiel

É um monumento arquitetônico tombado pelo IPHAN. Do lado de fora num grande pátio bem cuidado, estão réplicas em tamanho real dos profetas de Aleijadinho. As esculturas em pedra sabão foram encaminhadas para o museu pela Justiça Federal. O local tem estacionamento, lojinha de pães e doces caseiros. Fica na Avenida Tiradentes 676, Bairro Luz.

Museu Napolitano

Não deixe de conhecer essa obra fantástica, baseada em trabalhos de escultura. Sem dúvida a experiência é única. Lá no fundo, ao lado do museu, na antiga casa do capelão, desde 1999, está exposto o acervo do Presépio Napolitano. O ingresso é adquirido no Museu de Arte Sacra e fique atento aos horários diferenciados. Das 10 às 11 horas e das 14 às 15 horas a conferir.

É um cenário de 110 metros quadrados, onde 1600 peças estão dispostas, mostrando pastores, ferreiros, sapateiros, barbeiros, mulheres e homens trabalhando em criativas cenas do cotidiano urbano e do campo em aldeias napolitanas.

É encantador observar cada detalhe: móveis dentro das casas, utensílios pendurados ou nas mãos de um trabalhador que mostra no semblante o cansaço do dia. Ou ainda, aquele que toca feliz seu instrumento. É de passar horas ali, registrando cada momento.

São peças com tamanhos diferentes de 15 a 50 centímetros, feitas em terracota e madeira por artistas italianos. As peças do século XVIII, feitas em Nápoles, sul da Itália, foram adquiridas por Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccilo, em 1949. O presépio foi montado na Galeria Prestes Maia inicialmente e aberto ao público durante 11 meses.

Depois foi tudo recolhido e guardado por cinco anos. Em 1956, foi remontado no Pavilhão do Folclore no Parque Ibirapuera e lá ficou durante quase 30 anos. Não era o lugar ideal para preservar joias como essas, por isso o acervo foi transferido para o Mosteiro da Luz junto ao Museu de Arte Sacra. Somente em 1999, o presépio estava novamente reorganizado para receber o visitante.